segunda-feira, 27 de setembro de 2010

conversas sobre identidade.


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sei não, tô sentindo uma falta de viver sem essa coisa, de ter que ponderar. esses dias conheci um menino, que me fez sentir tanta saudade de como eu era. daquela coisa, lembra? que eu ficava... aquela agonia. como se o mundo fosse pequeno. a vida breve... e quero isso de volta!
não sei explicar como eu era antes. talvez mais explicito, dizia mais o que pensava. tinha mais coragem. ficava na rua até mais tarde e dormia sem me preocupar com as horas... sonhava mais.
por algum motivo eu senti que havia necessidade de mudar. agora, novamente, só pra azucrinar minha cabeça a vida me faz sentir necessidade de trazer de volta tudo aquilo que fui desaprendendo a ser. e ando com uns papinhos tão ruins ultimamente... tipo, quando vou conversar com alguém. eu não tô mais desenvolvendo tanto, conversando tanto, argumentando. eu fico calado, tímido, ou então não consigo prestar atenção e as palavras ficam fugindo o tempo todo. ai eu fico mais tímido...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

força estranha.

acordei hoje com aquela estranha sensação de querer mais da vida. não vou olhar meu horóscopo, nem fazer planos. cansei de esperar sentado. a pé eu vou mais rápido, encontrar o meu destino. acordei, meio que ainda com a garganta e os sentimentos inflamados. sonhei coisas boas, mas nem me lembro. só aquela estranha sensação de querer mais.


It's a new dawn. It's a new day. It's a new life, for me.
And I'm feeling good...

domingo, 12 de setembro de 2010

é necessaário viver.






Porque há necessidade de mudar, que eu tento arrumar a bagunça.
limpar os cantos, dentro de mim.
Porque há necessidade de desapego, que eu abro as janelas e portas
e deixo o ar me invadir, pra poder respirar.
E coloco (outra vez) uma plaquinha no meu coração,
dizendo: Há vagas.
porque há necessidade de amar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Crônica de uma vida resumida.



Papel e caneta, parados. Imóveis à sua frente. No entanto, sua mente viajava dando voltas entre o passado tão presente em sua vida, como uma musica que parou de tocar, mas continua sendo ouvida. A mente tem dessas coisas. Lembranças capazes de ativar os sentidos, reviver um tempo, um momento. Acordar instintos, revirar sentimentos adormecidos...

E estava assim, mergulhado em pensamentos, desde que decidiu por em palavras, aquelas memórias de sua longa e tão breve vida. Pensava em qual palavra melhor se encaixava, qual som combina com a cor dos seus dias dourados, tão bem guardados, tão bem vividos.
As horas passavam ligeiras. No papel, nenhuma linha se estendia.
As horas se acumulavam em dias, semanas, meses, anos... Sem que nenhuma palavra fosse escrita. Reuniu então coragem, nas mãos de pouca força e escreveu suas ultimas palavras:

"Foi uma vez, um homem feliz,

para sempre e fim."


- à Thiago, meu caro amigo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

tira, bota, deixa ficar.


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Seu olhar trapaceiro, vem brincar no meu corpo.
entro no seu jogo, perco o controle.
teu sorriso me ganha.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ao meio.



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Estou dividido em metades.
Metade de mim quer que você fique.
A outra metade, abre a porta pra você sair.
E uma outra metade sabe que você não está aqui.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

temperatura genética.



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se a natureza faz
o que nasce no frio ser mais bonito,
também torna
o que nasce no quente,
mais gostoso.

Peso na consciência


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Não tenho palavras para descrever a culpa. Tenho no lugar de uma longa explicação, o silêncio admitindo o erro. As palavras engasgam. Tento tomar fôlego, e cuspir a verdade. Por dentro, mastigando a realidade, a dura realidade. Ferindo a gengiva, cortando a garganta. Engulo a seco o orgulho ferido. Inflama a voz. Cala. Repete: Minha culpa. Minha culpa. Minha máxima culpa.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

little bird.







Da janela da minha casa
vi um passarinho cantar.
eu na gaiola,
o passarinho fora.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Deixa ver, como viver é bom.


Não é a vida como está, e sim as coisas como são.