quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ficar só é preciso.

Tenho uma vida dividida. Não partida em dois, mas compartilhada. Percebo na pele os impactos da superpopulação, mesmo dentro da minha casa, onde, com um único irmão (e inúmeros quartos), não consigo ficar só sem que ocorra algum conflito. Não me entenda mal, caro desconhecido. Amo meu irmão, embora às vezes ele seja inconveniente. Mas gosto de ficar sozinho, de ter o meu canto, a minha paz. É difícil de explicar isso, porque para a maioria das pessoas solidão é uma coisa triste. Não sou antissocial, mas gosto de ter um refúgio. Um lugar meu, pra pensar, estudar, pra passar o tempo sem fazer nada, sem ser interrompido. É pedir muito?

sábado, 27 de julho de 2013

Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer.

Já vai fazer um ano que nos conhecemos, e também um ano que não nos vemos, mas para minha mente maluca parece que tem uma semana, e fico esperando algum sinal de vida seu. É assustador que a gente tenha se visto tão poucas vezes e eu me sinta assim, preso. Não fisicamente, mas sentimentalmente. Ainda mais se levar em consideração o tempo que nem sequer nos falamos. Me sinto um idiota, pensando em você nos momentos mais aleatórios, jogando vídeo game, malhando, até ficando com outras pessoas.Me sinto mais idiota ainda quando lembro que não existe nenhuma razão lógica para esse sentimento, se é um sentimento de fato. É tão estranho, que nem sei como chamar. Se me perguntarem um único motivo, não uma qualidade sua, mas um motivo, um gesto de carinho, um momento intimo. Qualquer coisa. Não há nada. Só esse querer maluco, uma vontade de te abraçar, de estar perto de você sem dizer nada, sem ouvir nada. De querer olhar pra você e desejar que o tempo pare. É muito louco, até mesmo pra mim, que já aceitei o fato. Fico tentando chamar sua atenção com minha falta, porque sou covarde e ao mesmo tempo orgulhoso e não quero que você saiba. Porque pra mim é difícil dizer que gosto, e ainda sim você já disse que não acredita. E certamente, não deve fazer diferença. E já me acostumei a te querer assim, sem ter. Mas o que me incomoda mesmo é não saber por quê. O que me devasta é não entender, que mesmo com seu machismo, seu orgulho exacerbado, seu humor barato... Mesmo com os mil defeitos que eu vejo, não consigo te esquecer.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vício de linguagem.

Cada palavra que escrevo, me descreve. Cada ponto, um suspiro. A cada vírgula, uma pausa entre os pensamentos, que correm tão livres e indomáveis, que é preciso colocar-lhes obstáculos, para que diminuam a velocidade. Faço da linguagem meu vício. E injeto silabas nas veias, fumo e bebo poesia. Minha oração se principia no verbo, se faz luz, vento, poeira de estrelas em um universo de cores, sons, cheiros e outras sensações que desconhecem morfologia e sintaxe. Uma sinestesia ao contrário. O inexplicável me transborda, transforma em selvagem, te-le-trans-por-ta. Regresso a tempos primitivos. Então, volto a ser homem das cavernas, tentando representar o indizível, nas paredes da vida.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Um pra frente, Dois pra trás.

Posso dizer que existe uma relação entre nós? Faz 3 semanas que nos conhecemos e eu ainda não sei. Na verdade, eu sabia, até uma semana antes. Agora tudo está meio confuso e distante. Fico me perguntando se houve um fator externo ou se esse descaso foi obra de algum erro meu. Fico contando os passos do nosso ultimo encontro. E do nosso ultimo desencontro também. Posso dizer, seguramente, que me apaixonei por você desde o primeiro beijo. Isso é muito raro, mas acontece. Não queria criar expectativas, mas foi inevitável: todas aquelas mensagens, só poderiam ter esse resultado catatônico. Acho até que provocou uma espécie de TOC, em que eu olho o celular de cada 5 em 5 minutos. Mas nenhuma mensagem chega. Nenhuma mensagem sua, pelo menos. Sabe, não que eu ligue pra isso. Nunca liguei, muito menos mandei mensagens pra ninguém, mas sinto falta de uma atenção sua. E sinto falta de você. Não quero maximizar as coisas, nem fazer drama, nem mimimi. Risos. Mas.que.porra.você.quer.de.mim? O pior é que se eu disser pra você isso, vai soar como cobrança ou como quem pede esmolas. Eu te chamo pra sair e você tem suas desculpas. Beleza. Te pergunto quando vamos nos ver, você diz “vem morar comigo”. E ainda diz que falou sério. Eu tenho o que, 12 anos? Maturidade mandou um beijo me liga. Se for pra ficar na ilusão, fantasiando viver com alguém, eu faço isso com o Cauã Reymond. Se for pra me ver nessas condições, Obrigado, não precisa me ver nunca mais. É como conversamos, tem que ser recíproco. E tranquilo. E de graça. Odeio terrorismo sentimental (apesar de ser uma carta kamikaze). Pensar em você era legal e me fazia bem. Agora tá uma bagunça. Substituo os pensamentos por qualquer coisa, porque acho que não tá valendo a pena. Porque acho que tô perdendo tempo e vou tomar no cú. Sem Ky. Risos. Tenho outras prioridades, coisas pra me preocupar e coisas pra fazer muito mais importantes do que pensar em você, do que te ver. Queria que você percebesse isso, que me conhecesse... Às vezes acho que quando gosto de alguém, dizendo isto ou não, as pessoas criam uma certa confiança sobre mim. Tenho a impressão de que elas se sentem confortáveis e acham que não podem me perder. Mas é exatamente ai que elas perdem. É exatamente assim que você tá me perdendo. Com seu silêncio, com sua ausência, com suas mensagens sem carinho. Me perdendo, deixando a porta aberta para outras pessoas, quando você só precisava entrar e ficar. Mas enfim. As horas seguem, os dias passam, e seja lá o que for que existe (se é que existe) entre a gente, segue dando um passo pra frente e dois pra trás, até não ter mais pra onde andar.

domingo, 28 de abril de 2013

ecce homo(s)!

Esses homens, que povoam meus pensamentos, que invadem minhas fantasias, esses inalcançáveis, inatingíveis, inabaláveis. Homens de carne, mas que parece ferro, ferro quente, incandescente, indecentes, imorais, tão lindos que chegam a doer. (Sério). Ah, esses homens... São o motivo da minha angústia, do meu desespero, das minhas paranoias. Quanto mais eu vejo, quanto mais eu admiro, mais eu sofro. E me questiono: como é possível? Como conseguem? Por.que.não.eu?

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Recordar é viver?

Deitado no meu quarto, penso nas angústias da vida adulta: Dinheiro, vaidade, status, dívidas, relacionamentos... E me lembro, em comparação de um passado não muito distante, em que essas palavras não faziam sentido, ou tinham a menor importância. Lembrei do menino que ria de si, que chorava pelos outros, que compartilhava os sentimentos simples, sem exigir explicações, sem a necessidade de motivos. Lembro deste menino, com uma saudade e certa tristeza, pois hoje ele tem caspa e preocupações e já não ri, nem chora, nem sente como um menino. Era feliz e não sabia.

domingo, 24 de março de 2013

Precisa-se de Diarista.

Na minha mente bagunçada, o acumulo das suas ausências se espalha feito poeira no porão. Janelas quebradas pelo teu silêncio. Sua indiferença riscada nas paredes. Meu orgulho varrido pra debaixo do tapete. (...) Quero tirar você de mim, limpar os sentimentos, faxinar meus pensamentos. Jogar fora o que não serve mais.